Dificilmente a Mooca irá se transformar numa ‘Williamsburg paulistana’ — numa referência ao hypado bairro do Brooklyn, em Nova York —, mas é inegável que uma improvável leva de lugares de pegada hipster-moderninha deu outras cores à noite do bairro. Duvida? Basta conhecer endereços como o bar Cateto, o pizza-bar A Pizza da Mooca e agora o novíssimo BTNK (ou Beatnik), inaugurado cerca de um mês atrás.
Misto de bar e baladinha, o BTNK funciona apenas nas noites de sábado, das 20h às 3 da manhã, e tem localização quase surreal — dentro de um vagão de trem antigo, de 1918, todo restaurado. A casa fica no mesmo complexo onde funcionam ainda o Museu da Imigração e o espaço de festas Nos Trilhos.
Para encontrá-la, é preciso seguir a pé por um trecho paralelo a uma linha de trem da CPTM (sim, que ainda funciona). Mas fique tranquilo, não se trata de nenhuma bocada: é tudo bem seguro e organizado — inclusive com manobrista (25 reais). Além do vagão, com apenas oito mesas, o público pode curtir uma área coberta com bares, lounges retrôs e som de DJ (na trilha podem aparecer Beatles, Lana Del Rey, Ray Charles e o hit I Follow Rivers, da Lykke Li).
O barman Fernando Lisboa é o responsável pelo bar, que solta coquetéis como negroni e old fashioned (28 reais cada um). A cerveja Heineken long neck sai por doídos 12 reais. Uma parceira com a lanchonete Z Deli garante a qualidade da cozinha. Dela saem batata frita sequinha (porém carregadas de sal; 12 reais), e duas sugestões de hambúrguer de ponto rosado, como o joint (26 reais), com cheddar, cebola-roxa, tomate-caqui e maionese com picles e alface.
É uma pena que o BTNK tenha data para terminar: 14/11. Com o sucesso, porém, seus criadores (Marco Assub, Mariana Bastos e Ian Haudenschild) pensam em estender este prazo. Tomara.
BTNK
Rua Visconde de Parnaíba, 1253, Mooca
Couvert artístico: 20 reais
www.btnk.art.br
DICA: Caso vá de táxi, utilize no aplicativo 99Taxis o código BTNK99 e ganhe 30 reais de desconto na corrida.