Donos da Casa 92 inauguram o descolado bar-restaurante Sala Especial, em Pinheiros

Vem aí mais um endereço paulistano que promete dar o que falar. Inaugura na 5a-feira (14/5)  para convidados e na 6a-feira (15/5) para o público a Sala Especial, criada pelos mesmos donos da Casa 92. Engana-se, porém, quem pensa se tratar de uma nova balada. Na Rua Deputado Lacerda Franco, em Pinheiros (vizinho ao Bar do Juarez), o novo lugar de Fernando Autran e Fernando Sommer é um híbrido de bar e restaurante com o astral animado da Casa 92.

SalaEspecial2Num sobrado de salões recortados, a Sala Especial destaca-se pela decoração moderninha, com um pé no lúdico e outro no kitsch e cheia de detalhes bacanas. Logo na entrada, por exemplo, há uma árvore cenográfica e, no piso superior, paredes recobertas de vegetação artificial e peças que imitam cabeças de animais empalhadas. Para deixar o clima festivo, um DJ irá cuidar da trilha sonora.

No cardápio aparecem sugestões como gaspacho (22,50 reais), espetinho de frango grelhado com tempero indiano (38,50 reais), quibe de forno (43 reais) e carpaccio de atum (52 reais). Alguns pratos, porém, têm preços inflacionados, a exemplo do cordeiro cozido por quatro horas com purê de abóbora (86 reais).

SalaEspecial4O menu etílico é dedicado principalmente ao coquetéis, com 22 receitas, clássicas e autorais. O bloody mary, por exemplo, virou o bloody box (32 reais). Vem servido numa caixa de madeira com os ingredientes separados (vodca, suco de tomate e mix de temperos) e o próprio cliente monta o drinque ao seu gosto na mesa. O pomelo fizz (32 reais) traz vodca com infusão de laranja-baía mais grapefruit, purê de abacaxi e soda num copo alto com gelo.

Sala Especial
Rua Deputado Lacerda Franco, 604, Pinheiros
Inauguração prometida para quinta-feira (14/5)

Jornalista paulistano, foi crítico de bares da revista Veja São Paulo durante dez anos (2003 a 2013) — período em que escreveu e foi jurado das edições anuais Comer e Beber. Antes, trabalhou como colunista do Estadão (de 1994 a 2001) e colaborou para o Jornal da Tarde e revista Época São Paulo. Em 2014, criou o Taste and Fly, onde publica semanalmente posts sobre os melhores bares e restaurantes de São Paulo além de dicas de viagem e bebidas.

2 Comments

  • Responder maio 11, 2015

    ale

    o drink mais difícil de ser preparado, segundo alguns dos melhores barmen, vindo pro CLIENTE MISTURAR NA MESA. começaram errado. tá pintando um bar pra quem não liga pra coquetelaria.

    • Responder maio 23, 2015

      Roberto Munari

      Caro Ale, sou bartender com uma experiencia de 12 anos no segmento de A&B, e discordo totalmente de você, onde te falaram que é o coquetel mais difícil de preparar ? pode ser sim um dos mais COMPLEXO (no sentido de paladar, por possuir pontos importantes de sabor na composição do coquetel, pontos estes que quase nunca se completam na criação e desenvolvimento de outros coquetéis ) .

      Vou te dar um exemplo de como este coquetel é “simples para o preparo”, segundo uma pesquisa realizada pela Technomic Trends, 33% dos americanos consomem este coquetel uma vez por mês e “54%” preparam o drink em casa em ocasiões especiais, como festas, recepções e jantares. Sendo assim é um dos coquetéis mais reproduzidos por pessoas com pouco conhecimento em coquetelaria.

      A Ideia é genial, o Blood Mary é um drink muito “particular” onde cada pessoa sabe a quantidade certa de temperos (tabasco, molho ingles, sal) que deverá se adequar ao seu paladar. (Por isso alguns bartenders devem falar que este é um coquetel difícil, pois pode colocar mais ou menos de algo que não agrada o cliente como o “tabasco” ) Dar essa liberdade ao cliente é a certeza de um coquetel aprovado por quem vai consumir e que não vai voltar.

      E quanto a coquetelaria, quem está a frente do serviço de bar é o Sr. Marcelos Vasconcellos (quando você fala “alguns dos melhores bartenders” o nome dele deve aparecer entre eles ) e particularmente considero o trabalho do Marcelo surreal pois o estudo dele para o desenvolvimento de um coquetel é tão grande que ele chega a ir na composição química dos ingredientes que envolvem a criação. ( Pelo que me recordo ele só passou por casas como Buddha Bar, Pandoro, Clos de Tapas, Tutto Italiano e Le Bilboquet todas casas de grande renome não acha ? )

      Desculpa o texto mais fico indignado quando as pessoas criticam sem qualquer embasamento, apenas por criticar.

      Obs.: Não recebi nada pra fazer essa defesa ao post, e o Marcelo é apenas um dos muitos bartenders renomados que conheço do eixo São Paulo – Rio.

      Cheers!

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