Chef Saulo Jennings crava em SP filial do célebre restaurante paraense Casa do Saulo

Um dos principais embaixadores da cozinha paraense no Brasil, Saulo Jennings ergueu um pequeno império gastronômico a partir das receitas de seu estado-natal. Dono há quinze anos da Casa do Saulo, em Santarém, o chef expandiu seus negócios a partir de 2019.

Inaugurou duas filiais do restaurante em Belém, uma no Rio de Janeiro (dentro do Museu do Amanhã) e chegou a São Paulo em abril, num ponto bem comercial, pertinho do shopping Vila Olímpia.

Frequentado por turmas de escritório nos almoços durante a semana, o endereço paulistano oferece um extenso menu de delícias tapajônicas, preparadas com matérias-primas que chegam do Pará semanalmente de avião — como temperos, farinhas e, sobretudo, peixes amazônicos como tambaqui, pirarucu e filhote.

Há um ou outro acerto para se fazer na cozinha, como o escondidinho de maniçoba salgado além da conta, mas no cômputo geral as receitas agradaram.

Entre as sugestões para iniciar estão o tacacá (33 reais), o carpaccio de pirarucu (beeem!) defumado (73 reais; foto) e o saboroso vatapá amazônico (33 reais; foto), que leva menos dendê em comparação com a versão baiana. Uma ótima surpresa foi a linguiça artesanal de pirarucu com jambu (65 reais; foto), que casa bem com o molho de tucupi e mel servido à parte.

Entres os pratos principais bem servidos, não perca o arroz de pato paraense (132 reais; foto), regado por um rico caldo de tucupi que deixa o arroz molhadinho.

A melhor pedida para compartilhar e conhecer melhor a cozinha do chef Saulo é o prato chamado piracaia (254 reais; foto).

Nele, o cliente escolhe um peixe de água doce assado na brasa — mire a ótima ventrecha (barriga) de pirarucu, a costela de tambaqui ou o peixe filhote — e pode se servir à vontade dos acompanhamentos.

São eles o arroz com chicória do Pará (também conhecida como coentro-do-pará ou chicória amazônica), banana-da-terra assada, vinagrete do miúdo feijão de Santarém e farinha de Bragança (PA).

Para bebericar, há sucos regionais com polpas trazidas de lá (bacuri, taperebá, cacau, cupuaçu, graviola e caju; 15 reais cada um), que são usadas também para fazer caipirinhas (a partir de 42 reais).

Casa do Saulo SP (@casadosaulosp)
Rua Gomes de Carvalho, 1666, Vila Olímpia.
WhatsApp: (11) 9-1687-0039.
Segunda a sexta, 11h30/15h e 19h/23h;
Sábado, 12h/16h e 19h/23h;
Domingo, 12h/17h.

Foto do arroz de pato: Victor Alvarenga/Divulgação.



HIGHLIGHTS
Casa do Saulo SP

Faixa de Preço: $$$
Tipo de Cozinha: Paraense

Jornalista paulistano, foi crítico de bares da revista Veja São Paulo durante dez anos (2003 a 2013) — período em que escreveu e foi jurado das edições anuais Comer e Beber. Antes, trabalhou como colunista do Estadão (de 1994 a 2001) e colaborou para o Jornal da Tarde e revista Época São Paulo. Em 2014, criou o Taste and Fly, onde publica semanalmente posts sobre os melhores bares e restaurantes de São Paulo além de dicas de viagem e bebidas.

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